segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

De madruga no msn...

*Mas em que vocÊ pensa ?

*Na vida. No futuro, embora não faça planos.



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*... Mas não consigo fazer nada direito !

* Ah ! Mais isso não é exclusividade sua...

* O que vocÊ faz direito ?

* Ah ! Ficar entediado ! Isso faço com exímia perfeição.


A sabedoria das pessoas ao meu redor me encanta profundamente.

"Não existe O amor"

Sentia-se mal e tinha absoluta certeza que o álcool ingerido na noite passada não encontrou seu lugar no organismo durante o quase sono que teve. Explicou isso para a matriarca e ela ao invés de tomar como desculpa fez disso mais um motivo para encontra - lá o mais rápido possível, assim poderia cuidar de seu rebento, ou, como ela gostava de chamá-lo no momento em que ele não estava por perto, “aquele vagabundo”.

 

“Lá vamos nós”. Esperava o ônibus que o iria levar até o estado vizinho e olhava para os lados. Não pode não perceber o velinho ao seu lado, um senhor de 60 e muitos, cabelos ralos e grisalhos, pequeno, franzino, pele dourada pelo sol, mãos calejadas com unhas que já pediam para serem cortadas faz tempo, roupas simples e sulcos no rosto que lhe atestavam o sofrimento de homem da labuta rural.  O velhote estava mirando, não há outro termo, MIRANDO a bunda de uma jovem senhora logo a nossa frente, esperando, muito provavelmente a mesma condução que o nosso amigo bebum e o velho aguardavam. O que chamou realmente a atenção do jovemzinho foi a expressão de cachorro com fome do coitado do vovô: a boca aberta, mostrando a ponta de seus poucos dentes, quase babando.Tenha em mente a imagem de um cachorro em frente aquelas máquinas que fazem frango assado. Algo assim. Sua vontade era de delicadamente, com o dedo indicador, levantar o queixo do tiozão para o lugar de origem.

 

O ônibus aproxima-se. Confusão. Choro de crianças, empurrões, ambulantes gritando preços, galinhas correndo, animais, pessoas e bichos parecidos com gente embarcam todos. Lá dentro, para a infelicidade de nosso aventureiro, ele acaba ficando de pé. “Não é longe, mas estou tão morto...”.  Descansa a mochila no chão, escorna-se em uma poltrona alheia e se segura onde pode.

 

Depois de mais uns minutos agonizando e pedindo a morte nosso “vagabundo” encontra uma coisa para a sua distração. Sentado na poltrona logo em frente, do outro lado do ônibus, estava o vovô babão tarado e no assento ao lado a senhora-alvo. A tia em questão vestia uma blusa de propaganda política, havainas, aquela calça que se usa para fazer caminhadas, tinha cabelo castanho escuro e uns 40 e poucos de idade, contudo, com aquele ar envelhecido que a vida de necessidades e preocupações adicionam as mulheres, ficava no final parecendo que já estava na casa dos 50.

 

“Velho esperto da porra!”. Passou a observar, com o devido cuidado de não invadir a privacidade dos dois, cada movimento, cada olhar do velho. Nada acontecia até que com já vários quilômetros distantes do ponto de partida o nosso vovozão tarado vira a face bruscamente e assim de primeira chuta: Ei, que vir morar comigo ?

 

“Eu não tenho essa coragem”. Não sabia se começava a rir ou se admirava o velho. Não sabia se começa a ter devaneios de como o amor é lindo ou coletar mais um exemplo de que homem sem sexo fica sem capacidade de raciocínio. Inquietou-se, já que não era possível escutar mais nada depois que nosso herói proferiu aquelas palavras. Seguida delas veio um sonoro “hum!” da tia e uma guinada brusca de cabeça para o lado contrário ao do velho. Depois disso apenas alguns sussurros e interjeições. Na primeira parada confusão novamente. Garotinhas querendo ir ao banheiro, pessoas descendo do ônibus e outras subindo, ambulantes vendendo porcarias pelas janelas. “OLHA A TANGERINA! DOCINHA, DOCINHA”. O velho compra um saco com as frutas, abre e oferece a tia-alvo ao seu lado. Bom jeito de puxar uma conversa, não é ?

 

Desce do transporte e leva consigo as imagens vivas na mente. Do tio, da senhora, das tangerinas. Fica confuso, e maravilhado, de como pode haver tantas e tão variadas formas de relacionamentos entre dois seres humanos.Percebe-se chateado pela atenção demasiada que damos ao amor e suas variantes. “Como não discutimos sobre todas as outras formas de envolvimentos pessoais ? Todas tão únicas e interessantes...”. Chega à conclusão de que na grande maioria dos casos em que nos referimos como sendo amor, sempre se trata de alguma outra coisa, ainda não revelada pela verdade humana.

 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Alegra

o gosto da cerveja não tá mais tão bom
sem tua compania nesse bar, eu tô só
o som tá tão distante que some no ar
meus olhos embaçados querem te ver voar
alegre
alegre meu coração

volta pra mesa, colega
pega um copo pra ti
ouve esse samba de quando acabou o verão
 Vou voltar amanhã pro mesmo bar
eu quero te encontrar com a mesma cerveja e conversar
sobre a vida dos pássaros 
sobre a vida dos peixinhos
alegrar o meu coração
alegrar o meu coração 

Maurício Munky e Alan Douglas, Música da Banda Atun.

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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Você sabia ? Quer saber ?

Pois é povo, já comecei 2009 quebrando uma promessa dessas que fazemos todo final de ano. Seria ela escrever mais aqui no blog...
Droga tou tentando! Juro! Tenho umas coisinhas ai saindo, aguardem.

ps: Meu grande problema é que não consigo gostar de quase nada que escrevo, então não posto.

ps2: Fiquem bem a vontade pessoal. Quem quiser falar mal, por favor, comente. Quem gostou, entra ae para o time do mal.  Como diria o Cérebro "Vamos dominar o mundo esta noite Pink!"

Quer jogar ?


Agora o jogo começa a ficar interessante – e perigoso –

O dado rola no tabuleiro desses vai e vem de peças

Opa! Espalhei as cartas todas. Sem querer, juro !

“Eu sou o pino preto e você o branco”

 A ansiedade da vitória cresce a cada lance dado.

 Desejo carnal pelo prêmio dado ao nosso vencedor

 Mesmo sem saber qual será ele – Nós ? -

 “Vou ganhar de você.”

Na verdade: quero ganhar você.

 

 

Digo que foi o mordomo na cozinha com o castiçal...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

31 de Dezembro de 2008


Sabe aquela vontade de nada? Pois é. Sempre tenho. Sempre. Em momentos em que tenho que fazer tudo surge esse grande buraco na disposição. Um amigo chamou de “o grande espetáculo do tédio”. Bonito. Alguns dizem que é depressão, contudo, não me considero uma pessoa tão assim pra baixo. É unicamente a vontade de nada fazer. A última coisa que li sobre os buracos negros foi a informação de que, lá dentro deles, não há matéria. Um grande e completo nada, que suga tudo. Não sei a informação ainda procede, faz bastante tempo que soube disso e, os amigos mais chegados sabem, sou bastante esquecido. Memória de velho em corpo de criança. HÁ!
Voltando, e encerrando, ao assunto do “nada”. Bem, preciso vencer isso de qualquer maneira. Preciso ler, tentar escrever, estudar, me exercitar e levantar minha bunda branca dessa cadeira e limpar a casa que tá um caos.
Até e Feliz novo ano para todos nós.